Pra longe e pra fora do labirinto
- Maro Klein
- 2 de abr.
- 1 min de leitura

Pra longe e pra fora do labirinto
No qual me encontro, e onde, por vontade própria, entrei
Emaranhada e presa às correntes nas quais eu mesma me amarrei
Na noite escura luto, me debato e anseio
Ao assumir os erros, ao eximir as culpas, ao ter coragem
de isentar qualquer ato alheio
Na noite longa, mesmo em meio ao breu, agora vejo
Que é meu e tão somente meu o caminho, mesmo torto
Meio roto, e tão cheio de desejo
Já sem forças no chão me deito
E então, ao acaso encontro o fio,
O fio que ali deixei, há tanto tempo
O fio que traça o caminho que percorri, tão longe, no passado
Abro então os olhos e percebo
Que por aqueles lados já não ando
Os erros que cometi, deixarei ao largo
E mesmo dentro da noite escura, na luta que é minha, e tão somente minha
Encontro todas elas novamente, as “n” versões de mim
Elas me guiam e me dizem:
Segue!
Por onde passaste, não mais passas
É chegada a hora de achar o caminho de volta
O caminho de volta pra casa
Pra fora e pra longe, para a verdade que um dia abandonei,
E que me jogou cá pra dentro:
Sou livre, sempre fui, sempre serei
Do labirinto, então, pra fora e ao longe vôo, pelo vento
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